Delírio
Retomando meu exercício de recapitulação dos momentos extraordinários da vida, devo mencionar meu delírio infantil.
Estado de espírito notável e estranho que me acometia na calada da noite. Experiência angustiante, que só posso demonstrar com dificuldade como uma espécie de alteração da consciência que se situa entre a vigília, o sono e o sonho.
Sua principal característica é possuir um ritmo e uma vontade inflexível e inquebrável, do qual não é possível de livrar.
Num movimento contínuo de ondas ou como uma roda D’água ininterrupta, mas que, longe de ser tranquilizante, traduz uma força bruta que tudo esmaga e se assemelha a uma enorme pedra que rola montanha a baixo; um rolo compressor que não imprime nenhum sentido cognoscível.
continua...
Foto: pôr do sol atrás do morro, por Peter Canellov com um Iphone 5s.
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