Quem foi Peter Canellov?

Havia decidido começar a narrar a autobiografia dos momentos essenciais da minha vida nos quais a centelha da consciência e da busca da verdade se manifestaram.

Hoje deveria começar a realizar esta tarefa, mas me dei conta que antes, é preciso delinear o que desejo alcançar, e onde pretendo chegar ao final desta mesma vida. 


Ao mesmo tempo em que é imprescindível conduzir um exame sincero de nossa realidade, é necessário que esteja claro para nós mesmos qual é a meta última de nossa existência, quem buscamos ser, quais realizações esperamos alcançar.


Isto é fundamental pois nossa própria história ainda não teve um fim, estamos no meio do caminho, e sem um objetivo claro seremos como um barco a deriva. Tampouco podemos lançar uma luz de consciência ao nosso passado, já que não teríamos uma referência moral para avaliá-lo.


Para tal é interessante o exercício de imaginar que hoje é nosso último dia nesta Terra. Caso morrêssemos hoje, como gostaríamos de ser lembrados? Como seria a descrição de nossa própria vida agora terminada, finalizada?






Peter Canellov foi um homem que possuía um notável equilíbrio entre mente e corpo, pois além de destreza física, se destacava por um alto grau de sabedoria.


Era um grande prazer conversar com ele sobre qualquer assunto, pois seus comentários perspicazes sempre podiam nos abrir novas perspectivas, lançando por um lado uma luz de esclarecimento e por outro, instigando nossa imaginação e nossa sede de ir além, desvendar o que ainda nos era desconhecido.


Escreveu livros maravilhosos que recomendo a leitura, pois são obras inspiradoras que nos fazem sonhar, mas que conseguem também descrever a realidade em sua verdadeira estrutura.


Falam de experiências reais e dos sonhos que podem se tornar realidade, pois demonstram como o próprio autor conseguiu, depois de muitos desafios, provações e perseverança, colocá-los em prática.


Foram poucos livros. Não escreveu tanto, já que grande parte de sua sabedoria só podia ser transmitida por conversas presenciais, de preferência em lugares mágicos em meio a natureza selvagem, onde após longas caminhadas, parávamos para descansar, admirar a paisagem e só então as ideias mais significativas e com mais ressonância ao próprio universo podiam se revelar.


A maior parte do tempo ele vivia estas aventuras silenciosas na busca dos cumes das montanhas ou fluindo imerso no balanço das ondas do mar. Era alguém reservado que amava tanto natureza que parecia às vezes deslocado na sociedade. 


Não raro, desaparecia por longos períodos, e este isolamento pode ser considerado um tanto egoísta, mas sei que sua bondade era imensa, e se não pôde ajudar mais a humanidade escrevendo mais e ensinando seus semelhantes, é por que sem esta liberdade ele jamais poderia ser quem era.


Aqueles que tiveram a oportunidade e a sagacidade de eventualmente acompanhá-lo, foram afortunados o suficiente para hoje manter acesa a chama do seu conhecimento, e transmiti-la de maneira fidedigna as próximas gerações.


...


Foto: Horizonte por Peter Canellov.

Leia este post em inglês: https://peakd.com/@canellov


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