Pai e Mãe, os primeiros mestres
A vasta amplidão recortada em azul. Clara, sutil e celeste a cima. Profunda, escura e densa a baixo. O céu atinge os olhos com brilho, a fronte com vento. O mar envolve o corpo, une-se ao peito em balanço. Conduzido por mãos justas, vigorosas e gentis que me seguram com firmeza, a imensidão esmagadora e o movimento impetuoso são êxtase, pureza e beleza. Tudo é um. Tudo é movimento. Os cabelos esvoaçam pra trás, o coração dispara na direção da boca enquanto o espírito se eleva alto. No vai e vem das ondas altas meu primeiro despertar graças ao Pai. Nem mesmo a espuma lançada aos olhos é capaz de diminuir a exultação divina da consciência. Indelevelmente gravada na memória, a primeira abertura para o Infinito criador jamais pode ser esquecida. Criança viva sendo, envolta no Ser. Ao brincar comigo no mar, meu pai foi o responsável pelo meu despertar aos 2 anos de idade. A primeira lembrança da vida. Um evento extraordinário que deixou uma marca profunda e positiva na memória. Jamai